Trabalho, Previdência e Assistência

CNI alerta para perda de competitividade com aumento do mínimo

15/02/2011 - 17:33  

O representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, afirmou que a distribuição de renda é importante, mas que dois outros elementos precisam ser considerados na definição do reajuste do salário mínimo: a questão fiscal - a saúde das finanças públicas; e o custo para a competitividade das empresas.

Para a CNI, a questão deve ser pautada pela sustentabilidade, tanto do setor público como do privado. “O reajuste deve ser absorvido sem gerar perda de competitividade”.

Ele lembrou que o salário mínimo já subiu mais de 70%, em termos reais, na última década. Em dólar, a elevação foi bem mais forte. “É preciso considerar o impacto na comparação com os preços dos produtos estrangeiros, que pode prejudicar a competitividade da indústria nacional e do próprio nível de emprego”, advertiu.

Flávio Castelo Branco argumentou ainda que o Brasil é muito heterogêneo, e que as empresas das regiões mais pobres e dos setores mais frágeis podem ser muito afetadas.

Estabilidade de regras
Para a CNI, outro ponto fundamental é a estabilidade de regras, a previsibilidade da economia.

O representante pediu atenção também para as consequências do aumento. “O salário mínimo é um dos principais preços da economia, afeta o custo das empresas; e qualquer aumento acima da produtividade gera queda de competitividade.” Ele enfatizou que a melhor garantia para o poder de compra do trabalhador é a inflação baixa, "como se viu nos últimos anos".

Ele ainda alertou para o risco de “desequilíbrios que podem levar a perdas nos programas governamentais e das empresas”.

Flávio Castelo Branco participa de comissão geralA sessão plenária da Câmara pode ser transformada em comissão geral para debater assunto relevante, projeto de iniciativa popular ou para ouvir ministro de Estado. A diferença entre os debates ocorridos durante a votação de matérias e a comissão geral é que, nessas ocasiões, além dos deputados, são convidados a falar representantes da sociedade relacionados ao tema debatido. no plenário da Câmara sobre o novo valor do salário mínimo. O governo defende um mínimo de R$ 545 (PL 382/11).

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Reportagem - Luiz Cláudio Pinheiro
Edição - Regina Céli Assumpção

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