Berzoini defende manutenção da base de cálculo para mínimo
15/02/2011 - 19:28
O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) defendeu há pouco a manutenção do acordo firmado entre governo e sindicatos, em 2007, para o reajuste do salário mínimo (variação do PIBIndicador que mede a produção total de bens e serviços finais de um país, levando em conta três grupos principais: - agropecuária, formado por agricultura extrativa vegetal e pecuária; - indústria, que engloba áreas extrativa mineral, de transformação, serviços industriais de utilidade pública e construção civil; e - serviços, que incluem comércio, transporte, comunicação, serviços da administração pública e outros. A partir de uma comparação entre a produção de um ano e do anterior, encontra-se a variação anual do PIB. nos dois anos anteriores mais inflação do ano anterior). Segundo ele, essa base de cálculo faz parte de uma política de distribuição de renda e crescimento sustentável. “Como sindicalista, entendo as centrais sindicais, mas o melhor cenário para o trabalhador combina reposição da inflação com crescimento da economia”, afirmou.
Também para o deputado Toninho Pinheiro (PP-MG), a política atual deve ser mantida. De acordo com ele, a presidente Dilma Rousseff “conhece profundamente todos os dados do Brasil e apresentou uma proposta viável e verdadeira”. O projeto do governo fixa em R$ 545 o valor do mínimo para 2011.
Oposição contesta
Já o deputado Júlio César (DEM-PI), que defende o projeto de seu partido de elevar o mínimo para R$ 560, sustenta que o argumento utilizado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que esse valor levaria os municípios à falência não se sustenta. Em sua opinião, basta que o governo federal repasse aos municípios os recursos devidos: “São mais de R$ 5 bilhões para receber do estoque passado de direitos”.
A comissão geral sobre o novo valor do salário mínimo já foi encerrada. A votação do reajuste (PL 382/11) está prevista para amanhã.
Reportagem - Maria Neves
Edição - Marcelo Oliveira