Trabalho, Previdência e Assistência

Decisão sobre o mínimo é política, não é técnica, diz Psol

15/02/2011 - 18:40  

Em nome do Psol, o deputado Ivan Valente (SP) disse, há pouco, na comissão geralA sessão plenária da Câmara pode ser transformada em comissão geral para debater assunto relevante, projeto de iniciativa popular ou para ouvir ministro de Estado. A diferença entre os debates ocorridos durante a votação de matérias e a comissão geral é que, nessas ocasiões, além dos deputados, são convidados a falar representantes da sociedade relacionados ao tema debatido. da Câmara, que a decisão sobre o salário mínimo “é política, não é técnica, e nada tem a ver com acordo entre governo e centrais”. Segundo Valente, o que está em discussão é o papel do salário mínimo para a distribuição de renda. “A presidente Dilma está sinalizando para o mercado financeiro um ‘sim, senhor!’ ao arrocho fiscal sobre o trabalhador”, disse. O governo defende um mínimo de R$ 545 (PL 382/11).

Para ele, dizer que o salário aumenta a inflação “é uma chantagem, é terrorismo do mercado”. Se a tarifa do ônibus sobe em São Paulo, disse o deputado, a culpa não é do salário mínimo, é da prefeitura. Se sobem os alimentos, a culpa é do governo federal, que não controla os preços.

“A responsabilidade não é do trabalhador, que precisa de um ganho real para compensar a inflação”, acrescentou Ivan Valente. Segundo o deputado, do ponto de vista da Previdência Social, levando em conta a arrecadação global da seguridade social, o salário mínimo poderia alcançar R$ 738.

“Não podemos aceitar as mistificações do mercado. Uma diferença de R$ 15 é ridícula, parece até o baião-de-dois lá do Ceará”, ironizou o deputado. E concluiu cobrando a promessa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de dobrar o poder de compra do salário mínimo. Acusou ainda os banqueiros de estarem se entupindo de dinheiro.

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Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição - Newton Araújo

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