Trabalho, Previdência e Assistência

Líderes fecham acordo para votar emendas ao mínimo de R$ 545

10/02/2011 - 17:33  

Os líderes do PSDB e DEM e do governo fecharam acordo nesta quinta-feira para que o projeto do governo que reajusta o mínimo para R$ 545 seja votado na próxima quarta-feira. A decisão saiu após duas reuniões nesta tarde.

Na próxima terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, virá à Câmara para participar de comissão geralA sessão plenária da Câmara pode ser transformada em comissão geral para debater assunto relevante, projeto de iniciativa popular ou para ouvir ministro de Estado. A diferença entre os debates ocorridos durante a votação de matérias e a comissão geral é que, nessas ocasiões, além dos deputados, são convidados a falar representantes da sociedade relacionados ao tema debatido. a partir das 15 horas, no plenário, para explicar os motivos do governo para a definição do reajuste do mínimo para R$ 545.

Na quarta-feira, em sessão extraordinária, o Plenário votará o projeto do governo e mais duas emendas: a primeira, do PSDB, que reajusta o mínimo para R$ 600. Em seguida, será apreciada a proposta do DEM que reajusta o mínimo para R$ 560.

Votação nominal
Na avaliação do líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), “por se tratar de votação nominalVotação em que é possível identificar os votantes e seus respectivos votos, ou apenas os votantes, no caso em que os votos devam permanecer secretos. Opõe-se à votação simbólica, na qual não há registro individual de votos., [na qual fica registrada como votou cada deputado] há grandes chances de vários deputados da base aderirem à proposta de R$ 600.”

Já o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), acredita que a base está fechada na proposta de R$ 545, “que é a melhor para os trabalhadores”.

O projeto que chegou hoje à Câmara determina o reajuste do salário mínimo para os próximos quatro anos, com base na inflação do ano anterior e a variação do Produto Interno Bruto (PIBIndicador que mede a produção total de bens e serviços finais de um país, levando em conta três grupos principais: - agropecuária, formado por agricultura extrativa vegetal e pecuária; - indústria, que engloba áreas extrativa mineral, de transformação, serviços industriais de utilidade pública e construção civil; e - serviços, que incluem comércio, transporte, comunicação, serviços da administração pública e outros. A partir de uma comparação entre a produção de um ano e do anterior, encontra-se a variação anual do PIB.) de dois anos antes. A fórmula é a mesma em vigor desde 2007.

Reportagem – Karla Alessandra/Rádio Câmara
Edição - Newton Araújo

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