CTB: problema do reajuste do mínimo não é falta de dinheiro
15/02/2011 - 17:13
O presidente da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), Wagner Gomes, sustentou há pouco, durante comissão geralA sessão plenária da Câmara pode ser transformada em comissão geral para debater assunto relevante, projeto de iniciativa popular ou para ouvir ministro de Estado. A diferença entre os debates ocorridos durante a votação de matérias e a comissão geral é que, nessas ocasiões, além dos deputados, são convidados a falar representantes da sociedade relacionados ao tema debatido. no plenário da Câmara, que o “problema do reajuste do salário mínimo não é [falta de] dinheiro, pois o ministro falou o tempo todo só do acordo”.
Em 2007, governo e centrais sindicais firmaram um pacto que prevê a correção do mínimo com base na variação do PIBIndicador que mede a produção total de bens e serviços finais de um país, levando em conta três grupos principais: - agropecuária, formado por agricultura extrativa vegetal e pecuária; - indústria, que engloba áreas extrativa mineral, de transformação, serviços industriais de utilidade pública e construção civil; e - serviços, que incluem comércio, transporte, comunicação, serviços da administração pública e outros. A partir de uma comparação entre a produção de um ano e do anterior, encontra-se a variação anual do PIB. de dois anos anteriores mais a variação da inflação no ano anterior.
Para o presidente da CTB, no entanto, é viável antecipar 3% do crescimento deste ano para elevar o valor do mínimo a R$ 560. O Governo Dilma defende um mínimo de R$ 545 (PL 382/11). “Em 2009, o governo injetou vários milhões na economia para enfrentar a crise, e fez certo, concordamos, mas agora pedimos o mesmo tratamento dado as banqueiros, aos donos de empresas”, argumentou.
Gomes ressaltou ainda que o salário mínimo é a fonte de renda para 50 milhões de pessoas. “Ou o Governo Dilma continua e aprofunda os caminhos de Lula, ou o País vai para a recessão”, observou.
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Reportagem - Maria Neves
Edição - Newton Araújo