Política e Administração Pública

Líder do governo rebate críticas sobre regularização de dinheiro no exterior

José Guimarães acusou a oposição de inviabilizar o País

11/11/2015 - 20:32  

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O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), rebateu as críticas contra o projeto que permite a regularização de dinheiro e bens enviados ao exterior sem declaração à Receita Federal (PL 2960/15).

Deputados questionam se a proposta vai permitir a legalização de dinheiro ilegal, mas Guimarães afirma que o objetivo do questionamento é impedir que o governo arrecade mais dinheiro e resolva as contas públicas. “A oposição é contra por uma razão básica: inviabilizar o governo. Não quer que o governo arrecade”, disse.

Guimarães negou qualquer janela para legalização de dinheiro ilegal. “Vai chegar dinheiro no Brasil e não vamos comprometer a ética”, afirmou.

Segundo ele, toda a anistia penal do projeto está vinculada apenas à sonegação fiscal e evasão de divisas.

Crise econômica
O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que o Brasil não pode esquecer o passado de crise econômica e chegou a hora de legalizar esse cenário. “Negar que recursos existam no exterior é negar a nossa história, de um País que viveu mais de uma década com inflação na casa das centenas e, por isso, muitas pessoas amedrontadas com esse cenário mandaram seu recurso para fora do País”, afirmou.

Picciani declarou que o projeto não deixa porta aberta para legalização de dinheiro vinculado ao crime, mas fecha a porta para isso. “Quem tentar acobertar crimes vai ser pego e vai ser condenado como deve ser”, disse.

Já o líder da Rede, deputado Alessandro Molon (RJ), disse que a proposta vai ter repercussões negativas. “É verdade que a proposta pode servir para arrecadar recursos sonegados e contribuir para avanços no Brasil. No entanto, é preciso deixar claro que o substitutivo piorou e há brechas para que dinheiro ilícito seja lavado”, declarou.

Segundo ele, o dono dos recursos não será obrigado a provar a origem lícita do dinheiro e só será punido se apresentar documentos falsos. “Se deixar de apresentar documentos, não será punido”, disse.

O deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG) disse que o anonimato previsto no texto pode representar oficialização da prática criminosa.

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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

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