Para ex-relator, críticas aos bingos se referem a modelo anterior
30/03/2010 - 13:51
O deputado João Dado (PDT-SP), que relatou o projeto dos bingos na Comissão de Finanças e Tributação, disse que as críticas se baseiam em modelos anteriores, e não no que está sendo proposto para os jogos no Brasil. "Todas as máquinas serão monitoradas em tempo real, a tributação será a maior do País, e quem quiser lavar dinheiro vai pagar muito caro por isso", disse.
Os ganhadores terão de ser identificados por CPF, e os jogadores compulsivos serão impedidos de jogar, com recursos para seu tratamento. "Essa será a atividade mais fiscalizada e mais controlada do país", avaliou.
O vice-líder do PP Simão Sessim (RJ) disse que seu partido debateu a questão e a maioria dos deputados deve votar favoravelmente à legalização do bingos. "Só assim poderemos acabar com a prática nefasta do jogo clandestino e criar até 200 mil empregos diretos", disse.
Segundo ele, é preciso importar o modelo espanhol, que nos últimos 30 anos vem explorando a atividade com forte fiscalização. A Espanha arrecada 30 bilhões de euros (cerca de R$ 75 bilhões) ao ano, o que, para Sessim, mostra o potencial do setor, uma vez que a Caixa Econômica arrecada apenas R$ 6 bilhões com casas lotéricas.
Os dois deputados participam de comissão geralA sessão plenária da Câmara pode ser transformada em comissão geral para debater assunto relevante, projeto de iniciativa popular ou para ouvir ministro de Estado. A diferença entre os debates ocorridos durante a votação de matérias e a comissão geral é que, nessas ocasiões, além dos deputados, são convidados a falar representantes da sociedade relacionados ao tema debatido. sobre a proposta de legalização dos bingos.
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Reportagem – Marcello Larcher
Edição – Wilson Silveira