Força Sindical diz que bingos vão gerar 100 mil empregos diretos
30/03/2010 - 12:14
O representante da Força Sindical, Carlos Cavalcante Lacerda, afirmou que a legalização dos bingos, videobingos e caça-niqueis no País pode gerar 100 mil empregos diretos, além dos indiretos. Ele participa de comissão geralA sessão plenária da Câmara pode ser transformada em comissão geral para debater assunto relevante, projeto de iniciativa popular ou para ouvir ministro de Estado. A diferença entre os debates ocorridos durante a votação de matérias e a comissão geral é que, nessas ocasiões, além dos deputados, são convidados a falar representantes da sociedade relacionados ao tema debatido. sobre o assunto, que ocorre neste momento no plenário da Câmara.
Ele citou como exemplo dos empregos indiretos que podem ser gerados a previsão de novos postos de trabalho no setor moveleiro. Só a compra de 90 mil mesas e 700 mil cadeiras, que o setor deve adquirir, representará, segundo Lacerda, mais de 60 mil novos empregos.
Prejuízos
Já o subprocurador-geral da República do Rio Grande do Sul, Mauro Renner, afirmou que os próprias propostas de legalização reconhecem os prejuízos da atividade. Ele lembra que os projetos em análise na Câmara estabelecem, por exemplo, distância de 500 metros de escolas como pré-condição para escolha dos locais de instalação de bingos e a criação de um cadastro de viciados em jogo.
Para ele, as propostas vão estimular a instalação de novas casas de jogo em todo o País, o que vai dificultar o controle da atividade. Além disso, segundo Lacerda, o projeto não disciplina os lucros dos bingos. “O grande desafio do agente criminoso sempre foi transformar os valores ilícitos em lícitos. Os 17% cobrados pela exploração é a forma mais barata de transformar o ilícito em lícito”, argumentou.
Incompetência
O deputado Dagoberto (PDT-MS) argumentou que a afirmação de que fiscalização do segmento não é possível indica a incompetência de órgãos como a Receita Federal, que teria a atribuição de fiscalizar os bingos. Para ele, se existem condições de fiscalizar o pagamento de impostos e loterias, a impossibilidade de fiscalizar jogos é uma hipocrisia e um argumento de quem “não quer trabalhar”.
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Reportagem – Rachel Librelon
Edição – Paulo Cesar Santos