Bingos podem render R$ 7 bi por ano em tributos, diz Abrabin
Associação de bingos defende adoção de regras claras para o funcionamento das casas de jogos.
30/03/2010 - 11:36
O presidente da Associação Brasileira de Bingos (Abrabin), Olavo Sales da Silveira, disse que a legalização dos jogos de azar trará benefícios ao Estado e aos empresários. Segundo ele, regras claras e bem definidas, conforme o texto aprovado no ano passado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, podem render R$ 7 bilhões ao cofres públicos por ano. Para Silveira, é preciso separar o que os bingos representaram até então e o que o podem representar no futuro, caso sejam legalizados.
Silveira destacou que os bingos que existem hoje são resultado da falta de fiscalização. Para ele, um modelo em que o Estado dita as regras e fiscaliza é diferente do que o Brasil conhece hoje. A regulamentação vai, segundo o presidente da Abrabin, evitar a proliferação de casas clandestinas.
O representante da International Bally Tecnologies Inc (laboratório que realiza testes de sistemas de fiscalização), Joaquin Gonzalez, afirmou que a sociedade é a ganhadora quando o sistema é bem regulado. Segundo ele, sistemas de controle em tempo real são capazes de monitorar até 100 mil máquinas e fornecer informações muito precisas.
Na sua avaliação, a lavagem de dinheiro vem principalmente no jogo ilegal. Ele destacou que a legalização traz ganhos para o turismo, para a indústria que desenvolve a tecnologia de jogos e para a sociedade, que passa a saber “onde está o jogo”.
A comissão geralA sessão plenária da Câmara pode ser transformada em comissão geral para debater assunto relevante, projeto de iniciativa popular ou para ouvir ministro de Estado. A diferença entre os debates ocorridos durante a votação de matérias e a comissão geral é que, nessas ocasiões, além dos deputados, são convidados a falar representantes da sociedade relacionados ao tema debatido. sobre a proposta de liberação de bingos prossegue no plenário da Câmara.
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Reportagem – Rachel Librelon
Edição – Wilson Silveira