Economia

Para Ministério Público, é praticamente impossível controlar bingos

30/03/2010 - 13:03  

Dois representantes do Ministério Público afirmaram que a liberação dos bingos, videobingos e caça-níqueis deve facilitar os crimes de lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. Para Andre Ubaltino, procurador de justiça em Minas Gerais, a fiscalização dos jogos de azar não será suficiente para coibir os crimes. “A vulnerabilidade do sistema de jogos é o traço mais claro dessa atividade, que, por isso mesmo, é utilizada para favorecer uma série de atos criminosos”, afirmou o procurador.

A procuradora regional da República Valquíria Quixadá, de Brasília, disse que a lavagem de dinheiro entre as casas de jogos ocorre, na maioria das vezes, por meio de prêmios fictícios e fraudes em códigos de barra. Para ela, o controle desse tipo de atividade é praticamente impossível. “Mesmo que colocássemos um fiscal da Caixa Econômica Federal em cada um dos 1.500 bingos que poderão ser autorizados a funcionar, não poderíamos cessar os crimes que ocorrem por meio das casas de jogos”, afirmou a procuradora.

Andre Ubaltino e Valquíria Quixadá participam de comissão geralA sessão plenária da Câmara pode ser transformada em comissão geral para debater assunto relevante, projeto de iniciativa popular ou para ouvir ministro de Estado. A diferença entre os debates ocorridos durante a votação de matérias e a comissão geral é que, nessas ocasiões, além dos deputados, são convidados a falar representantes da sociedade relacionados ao tema debatido. sobre a proposta de liberação dos bingos, que ocorre neste momento no plenário da Câmara.

Continue acompanhando a cobertura deste evento

Reportagem – Carolina Pompeu
Edição – Wilson Silveira

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.