Criação de empregos não justifica legalização de bingos, diz CNBB
30/03/2010 - 12:16
O secretário da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Carlos Moura, disse que as casas de jogos representam o vício e fonte de ruína para todos os lares. Ele ressaltou que, desde 1992, a Organização Mundial da Saúde considera o jogo patológico como uma doença. Para ele, a possibilidade de criação de 300 mil empregos não legitima a abertura desses estabelecimentos. "A oferta de empregos no País está crescendo, e é preciso encontrar opções que não promovam a degradação ética", disse. A comissão é ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A afirmação foi feita na comissão geral sobre a proposta de legalização dos bingos.
Controle
O representante da Associação Catarinense de Bingos (ACBingo), Roberto Fernandes, disse que a regulamentação não representa o perigo, e sim o controle sobre a atividade de jogos. Ele ressaltou que hoje o jogo é possível pela internet, em cassinos instalados em transatlânticos e em cassinos localizados na fronteira, sem falar nas casas clandestinas.
Ele avalia que, nos termos em que se encontra a proposta de legalização, além de ser a primeira norma em 63 anos no Brasil, ela é uma das melhores do mundo. Para ele, a Caixa Econômica demonstra que é possível administrar jogos, com os atuais 25 mil terminais e mais de 9 mil casas lotéricas.
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Reportagem – Marcello Larcher
Edição – Wilson Silveira