Parlamentares discutem mudança no superavit, mas antes precisam votar vetos
Apesar de a maioria dos discursos em Plenário ser sobre o cumprimento ou não do superavit pelo governo, os parlamentares ainda não votaram os vetos que precisam ser analisados antes
03/12/2014 - 11:49
Em uma sessão com galerias do Plenário vazias, apenas parlamentares da oposição ocupam os microfones. Deputados e senadores aliados ao governo não estão discursando, nem respondendo às críticas, porque consideram que a discussão dos vetos é apenas uma tática para atrasar a votação.
Apesar de a questão em debate serem os vetos, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) fez um discurso de protesto contra a mudança no superavit. “A questão é clara, a presidente deve responder por crime de responsabilidade por não ter cumprido a Lei de Responsabilidade Fiscal, é isso que querem evitar”, disse.
O Duarte Nogueira (PSDB-SP) acrescentou. “Além disso, vem aí a gastança, a chantagem de mudar a lei fiscal para salvar a presidente liberando R$ 440 milhões em emendas para parlamentares governistas”, completou o deputado
O deputado Sibá Machado (PT-AC) ao dizer que não responderá à oposição, chamou para a votação. “Não vamos usar o microfone, venham e vamos votar”.
Vetos
Na sessão os parlamentares, ainda precisam votar dois vetos simples. Um deles ao Projeto de Lei 6096/09, da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que muda o nome do Instituto Federal Baiano para Instituto Federal Dois de Julho. “Na Bahia há dois institutos federais, o Instituto Bahia e o Instituto Baiano, queríamos com isso mudar um dos dois para evitar confusões”, disse a deputada.
O outro veto, ao PL 5005/09, do deputado Felipe Maia (DEM-RN), que muda o nome da barragem Boqueirão de Parelhas (RN), em município de mesmo nome, para Dr. Ulisses Bezerra Potiguar. O governo argumenta que como a barragem é estadual, seria inconstitucional aprovar a proposta.
Reportagem – Marcello Larcher
Edição – Rachel Librelon