Líder do PCdoB diz que MP em votação fortalece bancos públicos; PSDB é contra
16/02/2016 - 21:38

O líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA), defendeu há pouco a Medida Provisória 695/15, que, entre outras alterações na legislação, permite que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil adquiram participação em empresas, incluindo bancos privados e companhias de tecnologia da informação.
“Eu queria saber o que a oposição tem contra os bancos públicos que querem cumprir melhor seu papel. Vejo setores da oposição aplaudindo quando a aquisição é feita por bancos privados que lucram e pouco contribuem com a atividade produtiva”, disse Almeida, para quem a MP é necessária para fortalecer os bancos públicos.
Já o deputado Rocha (PSDB-AC) disse que o PT já teve cheque em branco para negociar recursos dos fundos de pensão, da Petrobras e do BNDES, mas “não soube gerenciar bem esses recursos”.
“O PT teve um cheque em branco para negociar os recursos dos fundos de pensão e quebrou os fundos de pensão. O PT teve cheque em branco também para negociar os recursos da Petrobras e do BNDES, que também quebraram”, disse.
Divergências
O líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), voltou a criticar os objetivos da medida provisória. “Por que a Caixa tem que ter direito de comprar participação em banco falido?”, questionou. “O PT, que diz que defende os trabalhadores, está permitindo o uso de dinheiro dos trabalhadores para ajudar banqueiros falidos?”
Mais ponderado, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) acredita ser possível debater e votar a medida provisória, mas garantindo no texto algumas salvaguardas. “Está na própria medida que, verificada irregularidade preexistente, o contrato está anulado. Então, essas salvaguardas a gente tem que garantir”, observou.
Também do Psol, o deputado Glauber Braga (RJ) destacou que é importante deixar claro que haverá fiscalização sobre aquilo que poderá ser comprado. “O fortalecimento do Banco do Brasil e da Caixa é algo importante, mas temos a preocupação que não haja brecha para a compra de bancos apodrecidos, como ocorreu na historia recente do País”, disse.
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Reportagem – Murilo Souza
Edição – Pierre Triboli