Política e Administração Pública

Líder do governo quer desobstruir pauta e rejeita convocação de ministro da Saúde

16/02/2016 - 18:40   •   Atualizado em 16/02/2016 - 19:16

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O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse há pouco que a intenção dos líderes da base aliada é vencer o processo de obstrução e conseguir votar ainda hoje as propostas que trancam a pauta da Casa.

“Impeachment é uma página virada. É um despropósito pensar nesse tema. Isso já está enchendo o saco. Vamos discutir as reformas, vamos discutir o País e as soluções para a crise”, disse Guimarães, comentando a insistência de partidos de oposição em evitar a votação de matérias até que seja instalada a comissão especial que vai analisar, na Câmara, a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo Guimarães, as manifestações dos líderes da base, em reunião hoje pela manhã, foram pela votação das duas medidas provisórias e dos dois projetos de lei que trancam a pauta (PL 3123/15, que regulamenta o teto salarial do serviço público; e PL 2016/15, que define o crime de terrorismo). Já as MPs são a 695/15, que reabriu o prazo para renegociação de dívidas de clubes de futebol; e 696/15, que reduziu o número de ministérios e órgãos da Presidência da República.

“O melhor caminho é dialogar para ver qual o tamanho da divergência na MP 695. Se quiserem voltar ao texto original ou emendar o PLV, vamos debater isso em Plenário. Vamos vencer essa obstrução”, disse Guimarães.

Em relação à Medida Provisória 696, Guimarães disse que “não entende como a oposição pode ser contra a redução de cargos e de gastos do governo”.

Ministro da Saúde
O líder do governo ainda criticou a tentativa de convocação do ministro da Saúde, Marcelo Castro, para prestar esclarecimentos amanhã no Plenário da Câmara dos Deputados. “O ministro está disposto a dar esclarecimentos. Somos contra a convocação para amanhã, para não permitir que o governo seja envolvido nas disputas políticas de bancada”, declarou Guimarães.

Nesta quarta-feira, deverá ser realizada a eleição do novo líder do PMDB na Câmara. O governo pretendia exonerar Castro, que é deputado licenciado, apenas para que ele pudesse votar pela manutenção do atual líder do partido, Leonardo Picciani (RJ), que é o candidato mais alinhado ao governo. O outro candidato é o deputado Hugo Motta (PMDB-PB), quem tem o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Líder do PT
O líder do PT, deputado Afonso Florence (BA), também disse que vai trabalhar para vencer a obstrução, votar as MPs e liberar a pauta da Câmara dos Deputados. “Tendo MPs e projetos de lei importantes, nossa meta é superar a crise econômica”, disse.

Sobre a possível convocação de Castro, o líder do PT destacou que é preciso respeitar a democracia interna de cada partido. “Se a convocação ou o convite tem o objetivo de interferir na disputa interna de um partido, somos contra. Com outro assunto e em outra oportunidade, nós podemos trazer o ministro”, disse Florence.

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Reportagem – Murilo Souza
Edição – Pierre Triboli

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