Política e Administração Pública

Presidente do Coaf diz à CPI da Petrobras que nunca sofreu pressões políticas

07/07/2015 - 18:02  

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O presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antônio Gustavo Rodrigues, disse à CPI da Petrobras que não se pode afirmar que aumentou a corrupção no País. “Mas é possível dizer que aumentou a capacidade de detecção de corrupção”, declarou.

Ele destacou que nunca sofreu pressões políticas em relação às atividades do órgão, que funciona como uma central de inteligência destinada a comunicar à Polícia e ao Ministério Público casos de movimentações financeiras suspeitas enviadas pelos bancos.

“Estou no Coaf há 12 aos e nunca sofri pressão política”, sustentou, ao responder pergunta do deputado Leo de Brito (PT-AC).

Segundo Rodrigues, o sistema de controle do Coaf funciona, já que foi graças a informações fornecidas pelo órgão que a Polícia Federal deflagrou a Operação Lava Jato.

Questionamentos
Deputados da oposição não ficaram satisfeitos com as explicações. “Que controle é esse? Há uma grave falha que precisa ser reconhecida. Não posso me conformar com a informação de que o sistema funcionou. Não funcionou”, rebateu o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

O deputado Izalci (PSDB-DF) também questionou o presidente do Coaf. “O governo aparelhou os órgãos de controle e investigação”, defendeu.

Já o deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) defendeu o governo. “É fácil falar que aumentou a corrupção, mas no governo Fernando Henrique não havia controle. O que aconteceu é que as investigações da Lava Jato só foram possíveis porque o aparato do Estado funcionou”, afirmou.

A reunião da CPI prossegue no plenário 5.

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Reportagem - Antonio Vital
Edição - Marcelo Oliveira

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