Política e Administração Pública

Monitoramento de movimentações financeiras suspeitas é eficiente, diz presidente do Coaf

07/07/2015 - 15:45  

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Antônio Gustavo Rodrigues, presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), explicou, em depoimento à CPI da Petrobras, que o órgão funciona como agência de inteligência brasileira no combate ao crime de lavagem de dinheiro, a quem cabe comunicar suspeitas de irregularidades à polícia e ao Ministério Público.

Segundo ele, a legislação brasileira de combate à lavagem de dinheiro é eficiente e o que falta são  instrumentos legais de combate ao financiamento do terrorismo. “Nosso trabalho é eficiente, tanto que foram informações do Coaf que permitiram o início das investigações da Operação Lava Jato”, disse.

Rodrigues foi convocado para falar do sistema de controle do mercado financeiro, principalmente sobre a atuação de doleiros, usados para lavagem de dinheiro de propina pela Operação Lava Jato.

Brechas legais
Em depoimento à CPI da Petrobras em Curitiba (PR), a doleira Nelma Kodama, acusada de operar em parceria com Alberto Youssef na lavagem de dinheiro e evasão de divisas, disse que brechas legais favorecem operações de câmbio e que a legislação brasileira que regula o mercado financeiro é falha.

Kodama foi condenada a 18 anos de prisão por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ela enviava dinheiro para o exterior por meio de sistema semelhante ao adotado por Youssef, com a criação de empresas de fachada que simulavam operações de exportação falsas e emitiam notas frias.

De acordo com Rodrigues, em 2011 o Coaf comunicou à Polícia Federal informações relativas a movimentações suspeitas de postos de gasolina e empresas aparentemente de fachada, o que deu origem à Operação Lava Jato.

O Coaf pertence ao Grupo de Ação Financeira (Gafi), órgão responsável pela prevenção à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo no mundo. “O Coaf não investiga e o seu principal papel é alertar as autoridades sobre movimentação suspeita”, explicou.

A CPI continua reunida no plenário 5.

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Reportagem - Antonio Vital
Edição - Natalia Doederlein

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