CPMI da Petrobras encerra reunião após ouvir Graça Foster por mais de sete horas
11/06/2014 - 21:55
Terminou há pouco a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga denúncias contra a Petrobras. Os parlamentares ouviram a presidente da estatal, Graça Foster, por mais de sete horas.
Na fase final do depoimento, a presidente da Petrobras falou sobre o afundamento da plataforma P-36, em 2001. “O afundamento da P-36 ninguém esquece. Foram 11 mortes violentas e a perda de um ativo importante numa época em que firmávamos nossa marca”, disse Graça Foster. Ela lembrou que o prejuízo com o acidente, da maior plataforma em produção de petróleo em alto-mar à época, ficou em 2,2 bilhões de dólares.
Ela também afirmou que, após o acidente, a holandesa SBM Offshore foi contratada sem licitação para alugar uma plataforma para a Petrobras. “A SBM teve dispensa de licitação por inexibilidade logo após a P-36 [afundar]”, disse Foster.
Os questionamentos foram feitos pelo deputado Afonso Florence (PT-BA). Segundo ele, há uma dinâmica eleitoral pela oposição na CPMI da Petrobras.
Prisão de ex-diretor
O deputado Izalci (PSDB-DF) criticou a fala de Florence e questionou se a prisão do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa hoje também tem conotação política. “Essa prisão do Paulo Roberto é eleitoral, política? Estamos falando tecnicamente.”
Izalci disse que fará novo requerimento para ouvir Graça Foster depois que chegarem as informações do Tribunal de Contas da União sobre o caso de Pasadena e o inquérito da operação Lava Jato, da Polícia Federal.
“Sou filiada ao PT há quatro anos. Tenho carteira assinada e acho que tudo bem [ser filiada]”, disse Foster, em resposta a Izalci.
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Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli