Política e Administração Pública

Presidente rebate ex-diretor da Petrobras sobre custos de refinaria em Pernambuco

11/06/2014 - 18:01  

A presidente da Petrobras, Graça Foster, rebateu a crítica de que os cálculos dos custos da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, eram “conta de padeiro”, como disse o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. “Não concordo que possamos atribuir à engenharia da Petrobras essa condição”, afirmou, durante reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga denúncias contra a estatal.

Costa afirmou em entrevista que a Petrobras fez "conta de padeiro" para aprovar a construção da refinaria. Ele ficou dois meses preso, até 19 de maio, por envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões, investigado na operação Lava-Jato da Polícia Federal. Hoje, voltou a ser preso, no Rio, por decisão de juiz do Paraná que aceitou alegação do Ministério Público Federal de que havia risco de que Costa fugisse do País.

Graça Foster lembrou que a Petrobras teve de construir mais do que o parque de refino, pagando também para construir trechos do porto de Suape e rodovias até Abreu e Lima. E isso teria imposto custos adicionais à refinaria, orçada inicialmente em 2,5 bilhões de dólares e atualmente em 18,5 bilhões de dólares.

Pizza
O líder do SD, deputado Fernando Francischini (PR), levou uma pizza de muçarela à reunião da CPMI para protestar contra as perguntas do relator, deputado Marco Maia (PT-RS), à presidente da estatal. Três deputados também estão comendo a pizza “sabor petróleo”, como foi escrito na caixa, em sinal de protesto. “Ele está repetindo perguntas e procrastinando”, disse Francischini, em relação ao relator.

A comissão está reunida no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.

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Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcos Rossi

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