Líder do governo rebate declaração sobre impeachment de Dilma
O Plenário da Câmara discute neste momento a política econômica brasileira com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Internautas podem participar da discussão por meio de sala de bate-papo
14/10/2015 - 16:58

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), rebateu há pouco as afirmações do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) de que a presidente Dilma Rousseff sofrerá processo de impeachment em breve. “Iria falar de outras coisas, mas começo aqui dizendo que a presidente não vai cair agora e muito menos em março”, disse o líder, acrescentando que a eleição de Dilma está legitimada pela vontade de 54 milhões de brasileiros.
“A oposição precisa entender que, para governar o País, precisa ganhar a eleição. Qualquer tentativa golpista se dissocia desse processo democrático que construímos nesses anos todos”, disse Guimarães. “Vamos abandoar essa pauta negativista, que só cria clima de instabilidade.”
Reformas
Durante comissão geral que acontece neste momento com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, Guimarães defendeu ainda a retomada dos debates em torno de pautas positivas para o Brasil, como a reforma da previdência. “Essa reforma está esta na ordem do dia. Construímos um fórum com as centrais sindicais e esta é uma reforma que pode dar segurança e estabilidade para a economia brasileira”, finalizou Guimarães, defendendo ainda a análise da volta da CPMF e da medida provisória que trata da repatriação de valores e bens mantidos ilegalmente por brasileiros no exterior.
Ao comentar a fala dos deputados, Joaquim Levy disse que, apesar de ter colocado as mudanças estruturais como item ‘3’ para o crescimento sustentável, ele concorda com Rodrigo Maia que algumas questões merecem atenção imediata, como a reforma da previdência.
ICMS
Levy também comentou que a repatriação de valores e bens de brasileiros no exterior é o principal mecanismo a ser usado na reforma do ICMS.
“Isso vai permitir que as empresas se instalem com segurança nos estados mais competitivos”, comentou ele, destacando que a ideia é direcionar o dinheiro da repatriação para melhorar a infraestrutura de estados menos desenvolvidos. “A reforma do ICMS tem de ser financiada com recursos da repatriação, fortalecendo uma politica de desenvolvimento regional”, destacou o ministro.
Participação popular
Internautas podem enviar perguntas aos participantes da comissão geral por meio de sala de bate-papo disponível na página da Câmara.
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Reportagem – Murilo Souza
Edição – Marcelo Oliveira