Apenas 3% dos financiamentos do BNDES são para serviços no exterior, diz presidente
27/05/2014 - 17:11
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou, há pouco, que os financiamentos realizados pela instituição no exterior representam menos de 3% dos empréstimos realizados pelo banco em 2013. “É um percentual ínfimo e que é liberado apenas quando assegura recursos e geração de empregos no Brasil”, ressaltou, em audiência na Câmara dos Deputados.
Ele também reiterou que a instituição não realiza empréstimos de risco, muito menos no caso de obras realizadas por empresas nacionais no exterior.
Sobre o questionamento de parlamentares da oposição sobre a situação dos portos nacionais, Coutinho reconheceu que eles precisam de maiores investimentos, mas garantiu que o BNDES está trabalhando na competitividade desses portos. Ele negou também que o banco tenha recebido pedido de financiamento para o porto que o Uruguai pretende construir.
Em resposta à pergunta do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), Coutinho reconheceu que existe sigilo em operações de empréstimos para serviços no exterior, mas disse que esse sigilo é garantido pela legislação.
Pequenas empresas
Ao deputado Pepe Vargas (PT-RS), Coutinho reconheceu ainda que pequenas e médias empresas têm dificuldade de acessar créditos do banco. “Estamos buscando aperfeiçoar condições de diminuir os custos do crédito e chegar mais a essas pequenas e médias firmas”, disse.
Antes, o deputado Vanderlei Siraque (PT-SP) criticou os deputados da oposição por representarem “um projeto falido”. Ele argumentou que, enquanto agora se financia a atuação de empresas brasileiras no exterior, no passado se financiava era a compra de empresas nacionais por multinacionais estrangeiras.
O presidente do BNDES participa de audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados sobre a concessão de empréstimos à Construtora Odebrecht para realização das obras do Porto de Mariel, em Cuba; e o financiamento do Grupo JBS – Friboi, entre outros temas.
A reunião prossegue no plenário 5.
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Reportagem – Juliano Pires
Edição – Marcos Rossi