Presidente do BNDES nega que banco empreste dinheiro para governos estrangeiros
27/05/2014 - 15:55
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, negou, há pouco, que a instituição empreste dinheiro para governos estrangeiros. “O BNDES libera recursos apenas para empresas brasileiras que tenham sido encarregadas de realizar um serviço no exterior. Nossa relação é com a empresa nacional, para gerar empregos no Brasil”, afirmou, durante audiência na Câmara dos Deputados.
Coutinho disse que a chamada exportação de serviços de engenharia é um mercado muito disputado. Segundo ele, houve nos últimos anos um crescimento disparado da China e da Coreia, em detrimento de países que estão perdendo terreno, como a Itália.
No caso da América Latina, Coutinho afirma que o Brasil responde hoje por quase 18% da exportação de serviços de engenharia à região, perdendo apenas para a Espanha, e à frente de Estados Unidos e China. “Prestamos serviços a países como Argentina, Venezuela, República Dominicana, Cuba, Peru e Equador”, citou.
Fora do continente, esse tipo de exportação de serviços também se dá para a África, onde Angola se destaca como o principal país beneficiado.
Agências de crédito
Ainda segundo Coutinho, todos os países têm agências de crédito que estimulam a exportação de serviços. São agências públicas destinadas a financiar e segurar esse tipo de prestação de serviços. “China, EUA, Alemanha, França e Reino Unido fazem isso e gastam mais que o Brasil com isso”, relatou.
O economista relatou também que a exportação de serviços de engenharia é um dos poucos setores no mercado de serviços em que a balança comercial brasileira é favorável neste momento.
Luciano Coutinho participa de audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados sobre a concessão de empréstimos à Construtora Odebrecht para realização das obras do Porto de Mariel, em Cuba; e o financiamento do Grupo JBS – Friboi, entre outros temas.
A reunião prossegue no plenário 5.
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Reportagem – Juliano Pires
Edição – Marcos Rossi