Política e Administração Pública

Parlamentares acusam BNDES de boicotar o Paraná; deputado do PT defende banco

27/05/2014 - 16:54  

O deputado Fernando Francischini (SD-PR) questionou há pouco se o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá financiar a construção de um porto no Uruguai, a exemplo do que ocorreu com o porto de Muriel, em Cuba. “Porque, nesse caso, a construção desse porto vai prejudicar diretamente construções de portos em Santa Catarina e Rio Grande do Sul que não contam com esses recursos”, disse, durante audiência pública na Câmara dos Deputados com o presidente do banco, Luciano Coutinho.

Francischini acusou também o governo federal de perseguir seu estado, o Paraná, para tentar alavancar a pré-candidatura da ex-ministra e atual senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) ao governo do estado. Segundo o deputado, até o BNDES estaria envolvido nesse boicote. “Quando o recurso é para os estádios da Copa, inclusive o de Curitiba, ele sai rapidamente, mas, logo depois, quando é para as demais atividades do Paraná, lembra-se, como desculpa, de uma dívida dos anos 90 para negar os recursos”, afirmou.

O ex-secretário de Fazenda do Paraná, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB), também afirmou que as instituições federais de fomento estão “perseguindo” o estado.

Já o deputado Pepe Vargas (PT-RS) criticou os argumentos usados pelos parlamentares de oposição sobre os financiamentos de obras no exterior realizados pelo BNDES. “Eles estão com uma visão sectária e, ainda por cima, preconceituosa. Todos os países de projeção externa têm agências para financiar serviços no exterior. O BNDES realiza esse serviço porque infelizmente ainda não temos um desses órgãos”, argumentou. Vargas negou ainda que existam critérios políticos para a liberação de recursos do banco.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, participa de audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados sobre a concessão de empréstimos à Construtora Odebrecht para realização das obras do Porto de Mariel, em Cuba; e o financiamento do Grupo JBS – Friboi, entre outros temas.

A reunião prossegue no plenário 5.

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Reportagem – Juliano Pires
Edição – Marcos Rossi

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