Política e Administração Pública

Gestores podem prever estiagem mais aguda, alerta deputado

Internautas podem acompanhar o debate ao vivo e enviar comentários e perguntas por meio do portal e-Democracia.

08/05/2013 - 12:30  

O deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB) afirmou há pouco que os gestores públicos precisam reconhecer que é possível prever quando a seca no Nordeste será mais severa. O deputado citou um estudo da Universidade Federal de Alagoas que relaciona o resfriamento das águas do Oceano Pacífico com uma estiagem mais aguda na região.

Gadelha foi um dos autores do requerimento da comissão geral que discute neste momento a situação no Nordeste. A região enfrenta a pior estiagem dos últimos 50 anos, com mais de 1.415 municípios atingidos. Internautas podem enviar comentários e perguntas por meio do portal e-Democracia, que transmite a sessão ao vivo.

Outro problema, de acordo com o deputado, é a escassez de água. “Há um déficit crônico, a conta não fecha. É necessário que possamos trazer água de outros reservatórios e outros mananciais”, disse. Segundo ele, a transposição do Rio São Francisco, apesar de ser uma obra “redentora”, não é suficiente. As obras de transposição estão paradas em vários trechos depois que empreiteiras saíram da licitação.

O parlamentar também criticou a dificuldade dos produtores rurais do sertão nordestino de acesso a crédito pelo Banco do Nordeste. “Qual o papel do Banco do Nordeste no desenvolvimento da região? Ele precisa transferir crédito com juros subsidiados.”

De acordo com Gadelha, há relatos de 73 grandes estiagens no Nordeste desde o início da colonização do Brasil pelos portugueses, com mais de R$ 1 trilhão gasto pelo governo federal para remediar a situação.

Adutoras
O presidente do Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), alertou que a evaporação de água pelos canais atuais da transposição do São Francisco é muito grande. O deputado sugere o uso de adutoras – grandes tubos de transporte de água – fechadas para evitar a evaporação do rio a ser desviado. “Com adutoras fechadas, que não evaporam e não se estragam, podemos fazer com que todo o Nordeste tenha água de boa qualidade”, afirmou.

Oliveira também elogiou a construção pelo governo federal de 700 mil cisternas que abastecem 3,5 milhões de pessoas. “É preciso reter a água do Nordeste para os momentos de dificuldade.”

Continue acompanhando esta cobertura.

Reportagem - Tiago Miranda
Edição – Daniella Cronemberger

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.