Política e Administração Pública

Alves defende uso da energia solar e eólica para gerar riqueza no Nordeste

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08/05/2013 - 12:06  

Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados
Comissão Geral sobre a temática da seca
Henrique Alves preside debates sobre a seca no Nordeste do País.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, defendeu há pouco o uso do potencial energético e da diversidade de espécies da caatinga como forma de superar as dificuldade impostas por situações climáticas adversas. "A seca atual começou em 2011 e afirma-se que é a pior em 50 anos, atingindo 90 % da região semiárida e afetando não só as lavouras mas também a área urbana", disse. "Precisamos criar um modelo de desenvolvimento para o semiárido", completou.

Ele participa de comissão geral que discute medidas para reduzir os impactos da estiagem na região Nordeste, que só neste ano atinge mais de 1.415 municípios. Clique aqui para acompanhar o debate e enviar perguntas.

Considerada um problema crônico e de difícil solução, a falta de chuvas no sertão nordestino está associada a causas naturais, principalmente à baixa influência de massas de ar úmidas e frias vindas do Sul.

Como exemplo do potencial energético ainda pouco explorado Henrique Alves citou a vocação do semiárido para produzir energia solar e eólica. "Os baixos índices de precipitação e a baixa incidência de nuvens devem ser vistos como uma janela para o desenvolvimento econômico dessa região", afirmou. Segundo ele, é preciso avançar no uso das informações produzidas por cientistas brasileiros para que seja possível preparar a população para as intempéries climáticas.

Técnicas agrícolas
Para mitigar os efeitos da seca, Alves defendeu a implantação de medidas duradouras. Segundo ele, a exemplo do que ocorre em regiões secas na Itália e na Califórnia, nos Estados Unidos, é possível desenvolver a agricultura por meio de culturas adaptadas e da agricultura irrigada.

O presidente da Câmara citou ainda que a Embrapa já desenvolveu um gen altamente resistente à seca para o café. "As plantas resistiram 40 dias sem água", disse. A expectativa, segundo ele, é que a tecnologia possa ser aplicada a outras culturas, como soja e milho, e possa ser disponibilizada para o agricultor nordestino, sobretudo os pequenos produtores.

Alves defendeu ainda mecanismos capazes de assegurar a transferência de recursos e tecnologias para subsidiar a produção agropecuária no Nordeste. E ressaltou a importância de concluir as obras de transposição do Rio São Francisco, além de outras obras que aumentem a quantidade de poços e reservatórios de água para garantir o equilíbrio hídrico da região.

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Reportagem – Murilo Souza
Edição – Natalia Doederlein

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