Antropólogo relata aumento de assassinatos de LGBT em todo o País
24/11/2010 - 17:34
O antropólogo e professor emérito do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia, fundador do Grupo Gay da Bahia e autor do livro Violação dos Direitos Humanos e Assassinatos de Homossexuais no Brasil, Luiz Mott, afirmou, há pouco, que “nunca se matou tanto homossexual no Brasil quanto agora”.
De janeiro a novembro deste ano, o pesquisador já contabilizou 205 assassinatos entre a população LGBT no País. Mott, que faz o levantamento desse tipo de crime desde 1960, relatou que entre 1960 e 1969, foram 30 ocorrências; na década seguinte, chegou a 41. De 1980 a 1989, o número de registros chegou a 369; saltou para 1.256 nos anos 90 e atingiu 1.429 casos na primeira década deste século.
Mott participa do seminário Assassinatos praticados contra a população LGBT, organizado pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Legislação ParticipativaCriada em 2001, tornou-se um novo mecanismo para a apresentação de propostas de iniciativa popular. Recebe propostas de associações e órgãos de classe, sindicatos e demais entidades organizadas da sociedade civil, exceto partidos políticos. Todas as sugestões apresentadas à comissão são examinadas e, se aprovadas, são transformadas em projetos de lei, que são encaminhados à Mesa Diretora da Câmara e passam a tramitar normalmente., que ocorre no plenário 9.
Continue acompanhando a cobertura desse seminário.
Reportagem - Maria Neves
Edição - Regina Céli Assumpção