Criação de cargos para intervenção federal no RJ gera críticas em Plenário
10/07/2018 - 23:29
A discussão da Medida Provisória 826/18, que cria cargos e funções para compor o Gabinete de Intervenção Federal na segurança pública do Rio de Janeiro, foi dominada por críticas de deputados ao custo dos cargos.
O deputado Daniel Coelho (PPS-PE) disse que há cargos suficientes na máquina federal que poderiam ser remanejados para o gabinete da intervenção, dispensando a necessidade de criar novas posições. “Como vamos falar em ajuste fiscal, criando novos cargos em uma crise como esta?”, questionou.
O deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) também criticou os gastos. “O País está quebrado, precisa de investimentos e, neste momento, não faz sentido criar mais cargos. Temos de trabalhar direito os recursos para que a intervenção seja bem-sucedida”, disse.
Pedro Paulo ressaltou que o custo será de R$ 7 milhões por ano, valor que, segundo ele, poderia ser melhor investido em munição, infraestrutura ou equipamentos.
A MP foi chamada de “gastança desnecessária” pelo deputado Bohn Gass (PT-RS). “O mesmo governo que congela dinheiro das universidades agora está criando cargos”, criticou.
A relatora da MP, deputada Laura Carneiro (DEM-RJ), rebateu as críticas. “Essa MP é simples, são cargos do interventor e sua cúpula. Não são cargos que vão durar para sempre, é apenas a organização da intervenção no Rio de Janeiro”, reforçou.
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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli