Política e Administração Pública

Advogado de Temer reafirma que não há provas contra o presidente

25/10/2017 - 10:47  

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O advogado criminalista Eduardo Carnelós, que representa em Plenário a defesa do presidente da República, Michel Temer, reforçou a tese de que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer é uma peça “inepta e desacompanhada de elementos probatórios”.

Carnelós acusou diversas vezes o ex-procurador-geral Rodrigo Janot de atuar “por meios sórdidos” com o objetivo único de destituir o presidente da República. “A denúncia se sustenta na palavra de criminosos que, para se livrarem de malfeitos, aceitaram dizer o que queria ouvir o então procurador da República”, disse.

O advogado de Temer elogiou os argumentos já apresentados pelo relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), e disse que a peça acusatória de Janot veio “vazada, em termos confusos e nem mesmo se faz inteligível na maior parte de seu texto”.

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Sessão para analisar denúncia contra Michel Temer e Ministros. Advogado do Presidente Michel Temer, Eduardo Carnelós
Carnelós: críticas à acusação de Janot baseada em delações premiadas

Para Carnelós, a peça não trouxe nenhum elemento de prova do que alega, além de “atentar contra a lógica, o bom senso e o direito”. Segundo ele, a simples palavra de delatores não é suficiente para o oferecimento da denúncia. “A investigação deveria ter sido feita antes da apresentação da denúncia. Simples delações são iguais a nada, para fins de recebimento de denúncia”, disse.

Carnelós disse ainda que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha é inocente até prova em contrário e que sua palavra não deve ser desconsiderada. “Por que não haveria de valer a palavra de Cunha, ao desmentir a delação de Lúcio Funaro?”, indagou.

Em setembro deste ano Eduardo Cunha afirmou, em nota divulgada por pessoas próximas a ele, que repudia a delação "sem provas" feita pelo empresário Lúcio Funaro. Cunha isentou o presidente Michel Temer – um dos principais alvos de Funaro – de irregularidades e disse que Funaro falou “para obter benefícios”.

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Reportagem - Murilo Souza
Edição - Natalia Doederlein

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