Não haverá complacência com inflação, diz presidente do Banco Central
09/12/2014 - 11:03
O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse há pouco que o órgão trabalha para fazer com que a inflação seja reduzida a ponto de chegar ao centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5% do PIB, até o final de 2016. “Não haverá complacência por parte do Banco Central”, afirmou, em audiência da Comissão Mista de Orçamento.
Tombini admitiu, porém, que a inflação deverá crescer no curto prazo. “A inflação vai ser elevada nos últimos 12 meses, pelo realinhamento dos preços domésticos e dos administrados [como energia e combustível] em relação aos livres [definidos pelo mercado]”, afirmou.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 6,56% em 12 meses, acima da meta de 6,5%. No acumulado do ano, até novembro, o índice é de 5,58%.
O fortalecimento da política fiscal para cumprir, por exemplo, a meta do superavit primário deverá facilitar a convergência da inflação para a meta de 4,5%, de acordo com Tombini.
Tombini apresenta, aos parlamentares, uma avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial referentes ao segundo semestre de 2013 e primeiro semestre de 2014.
A audiência pública ocorre no plenário 2, com participação das comissões de Finanças e Tributação; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados; e das comissões de Assuntos Econômicos; e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado Federal.
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Daniella Cronemberger