Direito e Justiça

Sindicalista pede que proposta proíba terceirização em atividade-fim

18/09/2013 - 12:52  

O presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, defendeu há pouco a exclusão, na proposta que regulamenta o trabalho terceirizado no Brasil (PL 4330/04), do dispositivo que permite a contratação de serviços terceirizados nas chamadas atividades-fim de uma empresa. Para ele, só pode haver terceirização nas atividades-meio, conforme o entendimento atual do Tribunal Superior do Trabalho.

Assista ao debate ao vivo.

Patah participa da comissão geral sobre a proposta. O substitutivo do deputado Arthur Oliveira Maia (PMDB-BA) ao PL 4330/04 permite a terceirização nas atividades-fim, embora ele não use esse termo.

Para o secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, a terceirização vai rebaixar salários e tirar benefícios dos trabalhadores. “O projeto vai escancarar para que todas as empresas possam terceirizar”, criticou. “A principal característica das empresas terceirizadas é pagar aos terceirizados 60% do salário dos outros funcionários e menos benefícios.”

Interrupção
A comissão foi interrompida há pouco porque o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) chamou os representantes dos movimentos sindicais de bandidos e os acusou de agressão, durante manifestação hoje, na Câmara. Já o deputado Vincentinho (PT-SP) acusou os policiais de agredir os sindicalistas. A deputada Erika Kokay (PT-DF) e o líder do PT, José Guimarães, protestaram contra a afirmação de Perondi, afirmando que os sindicalistas são trabalhadores, e não bandidos.

O debate foi retomado.

Reportagem especial explica os pontos polêmicos do projeto da terceirização

Reportagem – Lara Haje
Edição - Daniella Cronemberger

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