Política e Administração Pública

Mantega: desonerações devem chegar a R$ 50 bilhões neste ano

21/03/2013 - 14:00  

Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados
Audiência Pública sobre a reforma do ICMS, a compensação aos estados e o fundo de desenvolvimento regional
Mantega lembrou que está em curso um processo de desoneração da folha de pagamentos

Ao ressaltar que o governo federal vem reduzindo a tributação para estimular a atividade econômica, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, previu que as desonerações devem chegar a cerca de R$ 50 bilhões neste ano e a aproximadamente R$ 55 bilhões no ano que vem. Em 2012, observou, as desonerações foram de R$ 46 bilhões.Ele participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

O ministro também lembrou que está em curso um processo de desoneração da folha de pagamentos, e que a desoneração já envolveu tributos como IPI, Cide, PIS, Cofins e os que incidem sobre a cesta básica. Trata-se das medidas provisórias 582/12, 601/12 e 609/13.

Mantega frisou que a redução de tributos faz parte de uma série de medidas do governo para reduzir custos e aumentar a competitividade da economia brasileira. As outras medidas se referem aos custos financeiros (o governo vem reduzindo as taxas de juros) e os custos de energia (o governo reduziu os preços das tarifas).

Críticas ao ministro

Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), o governo vem fazendo previsões "otimistas em excesso" em relação à economia do País.

No início da audiência, o ministro disse que "a economia brasileira está numa trajetória de crescimento que será mantida" e previu investimentos de R$ 470 bilhões "que irão revolucionar a infraestrutura brasileira".
Para Alvaro Dias, as previsões de Mantega "frustram sempre". O senador citou como exemplo as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) feitas pelo ministro para os últimos dois anos. "Vossa Excelência previu 5,5% em 2011, e chegou-se a 2,73%. Previu de 4,5% a 5% em 2012, e chegou-se a 0,87%", recordou o senador, acrescentando que "previsões equivocadas ensejam decisões equivocadas; comprometem as decisões do setor privado".

A reunião acontece na sala 19 da ala Alexandre Costa, no Senado.

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Da Redação/PR
Com informações da Agência Senado

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