Apenas uma convocada deverá depor hoje na CPMI do Cachoeira
03/07/2012 - 10:18
Apenas uma das quatro pessoas convocadas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira deverá depor hoje, segundo a secretaria da comissão. Ana Cardozo de Lorenzo é dona da empresa Serpes Pesquisa de Opinião e Mercado, contratada para a campanha do governador goiano, Marconi Perillo (PSDB), em 2010. Segundo a Polícia Federal, a empresa recebeu dois cheques, no valor de R$ 56 mil, do esquema de Cachoeira, por meio da empresa fantasma Alberto & Pantoja Construções.
Também deveria depor hoje Rosely Pantoja da Silva, sócia da Alberto & Pantoja, mas ela não foi encontrada pela comissão. Um cheque de R$ 45 mil emitido por essa empresa também foi utilizado para pagar parte da dívida de campanha de Perillo com o jornalista Luiz Carlos Bordoni, que depôs na semana passada.
Outro convocado, Edivaldo Cardoso, ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Goiás, estava viajando e não recebeu a intimação da comissão, mas se prontificou a vir em uma próxima data.
Por fim, Joaquim Gomes Thomé Neto veio, mas não deverá falar. Ele fez um exame de cateterismo e veio apresentar atestado médico à comissão. Além disso, ele conseguiu habeas corpus para permanecer em silêncio sem ser preso. A decisão foi tomada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Britto, na segunda-feira (2).
Agente aposentado da PF, Thomé Neto é suspeito de fazer interceptação ilegal de e-mails para o esquema de Cachoeira. Segundo a PF, ele é o proprietário da empresa Escola Técnica de Segurança Privada (Etesp), contratada pelo “araponga” de Cachoeira, o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, a quem passava um relatório diário com o resultado das interceptações.
A reunião será realizada em instantes na sala 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.
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Reportagem - Tiago Miranda
Edição - Wilson Silveira