Federação defende legislação mais ampla para domésticos
05/10/2011 - 17:11
A presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza Maria de Oliveira, disse que é necessário haver uma mudança na mentalidade do brasileiro em relação a este tipo de trabalhador. Ela lamentou o fato de existirem patrões jovens, de 20 e poucos anos, que acham que eles e seus filhos devem ter empregados domésticos e não pagar bem pelo serviço.
A dirigente contou o caso de um empregador que foi ao sindicato das domésticas de Salvador (BA) querendo rescindir o contrato com sua empregada porque ela se recusara a servi-lo às 22 horas. "Tem que ter carga horária, adicional noturno. Só desta forma os empregadores vão respeitar o empregado", afirmou.
Creuza reclamou ainda do fato de o Ministério do Trabalho e Emprego repassar questões como as horas extras para a negociação entre empregador e empregado. "Que organizem um sindicato patronal, então", reclamou, arrancando aplausos do plenário cheio.
A audiência pública sobre a PEC que aumenta os direitos dos empregos domésticos (PEC 478/10) ocorre no Plenário 8.
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Reportagem – Mariana Monteiro
Edição – Marcelo Westphalem