Debatedor quer formação de profissionais para lidar com crianças agredidas
27/09/2011 - 17:11
O coordenador da Comissão de Atenção Integral da Saúde da Criança, do Adolescente e do Jovem do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Clóvis Adalberto Buofleur, defendeu há pouco uma melhor formação dos profissionais de saúde para tratar com realidade de crianças submetidas a maus-tratos.
Ele ressaltou que é no Sistema Único de Saúde (SUS) que a maioria dessas vítimas é atendida e há, atualmente, uma “epidemia silenciosa”, uma vez que os casos de violência contra crianças e adolescentes não são notificados adequadamente. Conforme Clóvis, os profissionais de saúde poderiam contribuir na redução das agressões se relatassem para as autoridades competentes os pacientes atendidos nessa situação.
O representante do CNS chamou a atenção para a responsabilidade da família e da sociedade na educação de meninas e meninos e citou uma frase da fundadora (já falecida) da Pastoral da Criança, Zilda Arns: “Quem bate para ensinar está ensinando a bater.”
Educação
Para a conselheira do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Maria de Lourdes Magalhães, além dos profissionais de saúde, os trabalhadores da educação também podem contribuir para uma notificação mais precisa dos dados de violência contra crianças e adolescentes.
Ela citou dados do Ministério de Saúde de 2006, segundo os quais a esmagadora maioria dos casos de agressões (sexuais, psicológicas e físicas) sofridas pelos filhos ocorre dentro de suas próprias residências.
Vínculos familiares
Por sua vez, o presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), Carlos Eduardo Ferrari, informou que a entidade pretende fazer um amplo debate com a sociedade sobre o tema, focando principalmente na construção de vínculos familiares por meio de políticas públicas.
Os debatedores participam de audiência pública promovida pela Comissão Especial sobre a Prática de Castigos Corporais. A reunião prossegue no Plenário 16.
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Reportagem – José Carlos Oliveira/Rádio Câmara
Edição – Marcelo Oliveira