Economia

Presidente do BC prevê queda da inflação a partir de maio

05/05/2011 - 13:48  

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que a inflação a partir de maio vai cair, girando mensalmente entre 0,35% e 0,4%. Segundo ele, esses níveis são compatíveis com o centro da meta de inflação, de 4,5% para 2011. Ele disse que é esperada uma inflação ainda mais baixa entre junho e julho.

Tombini, que participa neste momento de audiência pública na Câmara, disse que o governo não abriu mão de medidas macroprudenciais para conter o crédito e o consumo, embora a última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) tenha ressaltado um ajuste mais prolongado da taxa de juros.

Medidas macroprudenciais são aquelas adotadas no âmbito do sistema bancário para limitar a demanda de crédito. Em dezembro de 2010, por exemplo, o BC e o Conselho Monetário Nacional divulgaram novas regras para operações de crédito a pessoas físicas com prazos superiores a 24 meses.

Inflação x crescimento
Durante a audiência, o presidente do BC afirmou que, além do combate à inflação, o governo persegue taxa de crescimento significativa da economia. Segundo ele, de nada vale uma inflação moderada e uma economia que não cresce.

Valorização do Real
Alexandre Tombini também foi questionado sobre as medidas que o governo tem adotado para evitar a supervalorização da moeda brasileira. O deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), por exemplo, defendeu o controle da entrada de capitais estrangeiros para evitar a valorização do Real. Tombini afirmou, porém, que a melhor política é intervir no sistema de câmbio flutuante.

A intervenção é feita por meio da atuação do governo como comprador ou vendedor de moedas, de acordo com as necessidades do mercado. Desde o início do ano, o BC vem adotando uma série de medidas para evitar a queda do dólar.

A audiência com o presidente do Banco Central ocorre no plenário 2. O evento é promovido pela Comissão Mista de Orçamento, por três comissões da Câmara (Finanças e Tributação; Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; Fiscalização Financeira e Controle) e duas comissões do Senado (Assuntos Econômicos; e Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle).

Reportagem – Sílvia Mugnatto/Rádio Câmara
Edição – Pierre Triboli

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