Com a Palavra
Salão Verde: Brasil fica de fora do protocolo de Nagoya, especialista comenta consequências
20/10/2014 - 10h43
O Brasil é o país com a maior biodiversidade do Planeta, mas mesmo assim, ficou de fora do protocolo de Nagoya, que entrou em vigor na semana passada, depois da adesão de 51 países, durante a 12ª Conferência das partes da convenção sobre diversidade biológica (COP 12), na Coréia do Sul, encerrada neste final de semana. Estados unidos e Reino Unido também ficaram de fora.
O protocolo é um acordo internacional que prevê acesso igual e partilha justa de recursos genéticos provenientes de plantas e animais.
O texto do documento foi elaborado, em 2010, na Coreia do Sul, na 12ª Conferência das partes da convenção sobre diversidade biológica.
O Brasil foi um dos primeiros a assinar o documento, em fevereiro de 2011. Mas a confirmação tinha que ser votada pelo Congresso Nacional, o que não ocorreu desde que a proposta foi enviada aos parlamentares, em 2012.
A especialista em políticas públicas da Ong WWF-Brasil, doutora em Ecologia pela Universidade de São Paulo, Mariana Napolitano Ferreira, conversa sobre as consequências do País não ter ratificado o acordo do protocolo de Nagoya.
"Apesar de o Brasil ser o maior em diversidade ele não poderá sentar-se à mesa e definir com os outros países as regras de acesso e repartição de benefícios. Ele só poderá participar como ouvinte", ressalta.
Confira a entrevista.
Apresentação: Ana Raquel Macedo e Lincoln Macário