Congresso entrega prêmio Bertha Lutz a mulheres que contribuem na luta pelos direitos femininos
08/03/2017 - 12:28
Cinco mulheres que contribuíram para a defesa dos direitos femininos no Brasil receberam, há pouco, o Diploma Bertha Lutz, durante a sessão solene do Congresso Nacional em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, que ocorre neste momento, no Plenário do Senado.
Na 16ª edição do prêmio Bertha Lutz foram homenageadas:
- Denice Santiago Santos do Rosário, major da Polícia Militar da Bahia, comandante da Ronda Maria da Penha – dedicada à prevenção da violência contra a mulher;
- Diza Gonzaga, que após a morte do filho criou a Fundação Thiago Moraes Gonzaga, para promover ações de prevenção à violência no trânsito;
- Isabel Cristina de Azevedo Heyvaert, embaixadora do Brasil na República da Sérvia;
- Raimunda Luzia de Brito, professora universitária e ex-presidente do Coletivo de Mulheres Negras do Mato Grosso do Sul; e
- a jornalista e escritora Tatiane Bernardi, que justificou ausência na sessão, por motivos profissionais.
A premiação, que ocorre anualmente, já homenageou 79 mulheres de várias áreas de atuação. A deputada federal Bertha Maria Júlia Lutz (1894-1976) foi símbolo na luta pela igualdade de direitos políticos. O Conselho do Diploma Bertha Luz, presidido pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS), é responsável pela escolha dos nomes.
Projetos aprovados
Simone Tebet destacou a aprovação, nesta quarta-feira (8), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, de cinco projetos de interesse da bancada feminina. Entre eles, o PLS 547/15, que institui o programa Patrulha Maria da Penha; o PLS 244/16, que obriga o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública a coletar dados específicos sobre violência contra a mulher; e o PLS 112/10, que define percentual mínimo de mulheres nos conselhos de administração das empresas públicas.
A senadora também chamou atenção para a ainda existente desigualdade de salários entre homens e mulheres, para a falta de mulheres na política brasileira e para o alto índice de violência contra a mulher no País. “O Brasil é um dos cinco países mais violentos do mundo com suas mulheres”, apontou.
Na sessão, o presidente do Congresso Nacional e do Senado, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), ressaltou seu comprometimento na luta por mais igualdade de oportunidades para as mulheres e por mais participação feminina em todas as instâncias da sociedade. O parlamentar citou, como conquistas das lutas das mulheres, o aumento da escolaridade feminina e a diminuição das diferenças salariais, ainda existente. “Ainda há muito a ser feito, por isso este dia de homenagem é também dia de luta contra a desigualdade”, destacou.
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Reportagem - Lara Haje
Edição - Marcia Becker