Política e Administração Pública

Parlamentares defendem reforma para combater má qualidade do ensino médio

A reforma do ensino médio consta da Medida Provisória 746, que está em análise no Plenário da Câmara

07/12/2016 - 19:33  

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Os deputados que defendem a reforma do ensino médio (Medida Provisória 746/16) apontaram os resultados do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) para indicar a necessidade de mudança no ensino.

A pontuação do Brasil no Pisa caiu nas três áreas avaliadas: ciências, leitura e matemática. No ranking mundial, o País ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª em matemática.

A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) disse que o País regrediu ao patamar de 1977 e precisa de um modelo de educação mais moderno. “O grande desafio que os estados têm a enfrentar é remodelar, reorganizar o ensino médio, de modo a atrair, inclusive, a juventude. Hoje nós temos quase 2 milhões de jovens que nem estudam nem trabalham. Não estão na escola, não se interessam por essa escola, que diz muito pouco à sua realidade”, afirmou.

A deputada rebateu as críticas de que a medida provisória não foi discutida, já que é semelhante a texto já discutido em comissão especial na Câmara dos Deputados. “Quero lembrar que essa proposta guarda proximidade, em mais de 90%, ao texto construído no trabalho da comissão especial para a proposta apresentada pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação. São eles que cuidam do ensino médio no Brasil”, disse Professora Dorinha.

A parlamentar destacou ainda que a proposta trabalha com um período de transição para que todas as mudanças – como o aumento de carga horária – sejam concretizadas.

Atualização
O deputado Wilson Filho (PTB-PB), relator-revisor da MP, ressaltou que o ensino médio atual está desatualizado. “Nós temos um ensino médio desinteressante, engessado, que não consegue preparar o estudante para a vida. Antes era um curso preparatório para o vestibular, hoje é um curso preparatório para o Enem”, criticou.

As mudanças, segundo ele, vão agradar os estudantes que estão ocupando as escolas brasileiras em busca de um ensino melhor. “O ensino médio tem que preparar para o mercado de trabalho e para a vida acadêmica, tem que preparar para a vida, tem que fazer com que o estudante faça o que lhe é melhor, o que acha ser melhor”, afirmou.

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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

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