Após quase seis horas de debate, audiência com Delton Dallagnol é encerrada
09/08/2016 - 15:16
Após quase seis horas de debate, terminou a audiência pública da Comissão Especial de Combate à Corrupção sobre o Projeto de Lei 4850/16, que reúne dez medidas contra a corrupção propostas pelo Ministério Público. Foi ouvido, na audiência, o procurador da República da 2ª Vara Federal Criminal no Paraná, Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato que investiga crimes de corrupção na Petrobras.
O deputado Celso Maldaner (PMDB-SC) defendeu medidas ainda mais duras do que as previstas no projeto. Na visão dele, a pessoa condenada por corrupção não deveria poder voltar mais à política. Ele defendeu ainda o fim do foro privilegiado para todos os cargos públicos. “Foro privilegiado, para mim, é sinônimo de impunidade”, disse.
O deputado Sandro Alex (PSD-PR), por sua vez, defendeu a extensão da Lei do Ficha Limpa para todos os servidores públicos.
Já o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) voltou a acusar a operação de ser seletiva e de não atingir outros partidos políticos, além do Partido dos Trabalhadores. Teixeira sugeriu que os próximos convidados da comissão sejam integrantes do Ministério Público críticos às medidas propostas por Dallagnol. O procurador pediu que soluções alternativas aos problemas listados por ele, como impunidade e prescrição dos crimes de corrupção, sejam apontadas pelos críticos das medidas.
O relator do PL 4850/16, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), destacou que 96 pessoas foram listadas para serem ouvidas pelas comissão, incluindo críticos à proposta. Segundo ele, haverá audiências públicas até o início de outubro.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Luciana Cesar