Secretário do TSE diz que Inserator não faz parte da urna eletrônica
Software foi apontado como responsável por fragilidade do sistema
03/11/2015 - 16:54

Giuseppe Janino, secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rebateu, em depoimento à CPI dos Crimes Digitais, a possibilidade de fraudes eleitorais apontada pela advogada Maria Aparecida da Rocha Cortiz, integrante do Conselho Multidisciplinar Independente (CMind), uma organização não governamental.
Inserator
Antes das eleições do ano passado, um aluno da UnB, a pedido da organização, teria descoberto um software que supostamente permite a instalação de programas fraudados, chamado Inserator, no sistema de contagem de votos.
Segundo o secretário de Tecnologia do TSE, o Inserator faz parte de um pacote de sistemas utilizados pelo TSE até 2004 e só foi detectado no teste da entidade porque a máquina disponibilizada para a auditoria dos códigos fontes continha o histórico de fontes anteriores.
“O Inserator fazia parte de um sistema que gerava certificados digitais, antes da lacração dos sistemas. Não faz parte da urna. É externo à urna e gerava um certificado digital em uma tabela”, explicou Janino.
Segundo ele, o Inserator não poderia permitir fraudes. “Ele nunca foi usado, mesmo em 2006. Só inseria o certificado antes da lacração”, disse.
O secretário do TSE afirmou ainda que a urna eletrônica não é fragilizada por estar ligada a um computador conectado à Internet. “Ele é totalmente protegido, blindado, e criptografado. Não está vulnerável a qualquer tipo de alteração externa”, garantiu.
A reunião ocorre no plenário 9.
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Reportagem - Antonio Vital
Edição - Luciana Cesar