Política e Administração Pública

Parlamentares questionam convocação de policiais federais na CPI da Petrobras

05/08/2015 - 20:45  

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Deputados da CPI da Petrobras questionam a convocação dos policiais federais chamados para explicar as circunstâncias técnicas e jurídicas da obtenção dos dados relativos às trocas de mensagens entre o doleiro Alberto Youssef e os ex-deputados André Vargas e Luiz Argôlo.

A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) disse estar indignada com as convocações. “Nós temos que ter mais foco na CPI. A gente fica aqui fazendo a investigação da investigação, questionando a tecnologia da informação. Pergunto ao autor do requerimento se o objetivo é comprometer a operação Lava Jato”, disse.

O deputado João Gualberto (PSDB-BA) apoiou a deputada. “Essas convocações são só para tentar encontrar alguma falha no depoente para melar a Operação Lava Jato. É isso que o PT quer”, disse.

O deputado Leo de Brito (PT-AC), autor dos requerimentos de convocação do agente Sérgio Ramalho Rezende e dos delegados José Navas Júnior, Ricardo Hiroshi Ishida e Sérgio de Arruda Costa Macedo, defendeu a importância dos depoimentos. “Devemos ter mais respeito entre nós”, disse. Ele colocou em dúvida a legalidade da obtenção dos dados.

O agente e os três delegados foram ao Canadá em 2012 obter as informações junto à empresa RIM (Research in Motion), fabricante do aplicativo usado pelos telefones celulares BlackBerry. O aplicativo criptografava as mensagens trocadas entre o doleiro Alberto Youssef e os ex-deputados André Vargas e Luiz Argôlo.

As defesas de André Vargas, Luiz Argôlo e da empreiteira OAS argumentam que os dados foram obtidos ilegalmente. Os advogados alegam que a Polícia Federal não respeitou acordo de colaboração internacional entre o Brasil e o Canadá ao procurar diretamente a fabricante do telefone e não o Ministério da Justiça Canadense.

A defesa de André Vargas pede a anulação das provas alegando que ele não poderia ter sido investigado sem autorização do Supremo Tribunal Federal, já que na época era deputado.

A CPI está reunida no plenário 1.

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Reportagem – Antonio Vital
Edição – Regina Céli Assumpção

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