Deputado considera 'golpe' do governo suspensão de reunião da CPMI da Petrobras
17/12/2014 - 17:52 • Atualizado em 17/12/2014 - 18:16
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) considerou a suspensão da reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras um golpe do governo para não aprovar nenhum relatório. “Hoje e amanhã, em vários estados, é dia da diplomação de senadores e de deputados federais. O que vai acontecer? A dificuldade vai ser imensa para se obter o quórum”, disse.
O vice-presidente da CPMI, senador Gim (PTB-DF), suspendeu a reunião desta tarde até as 20 horas, a pedido dos senadores que integram o colegiado. Gim afirmou que, se ainda estiver havendo votações no Plenário da Câmara ou no do Senado à noite, a reunião só será retomada amanhã, às 10h30.
Estava prevista a votação do relatório final do deputado Marco Maia (PT-RS), que apresentou uma complementação de voto. Cinco partidos da oposição (PSDB, DEM, PPS, PSB e Solidariedade) apresentaram um relatório paralelo.
Para Lorenzoni, como a sessão do Plenário do Senado era extraordinária, o debate da CPMI não deveria ter sido suspenso. Gim argumentou que o encerramento foi decidido depois que o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, confirmou que não poderia haver reunião para votar o relatório da CPMI ao mesmo tempo em que o Plenário do Senado estivesse em votação. “Houve uma questão de ordem apresentada ao presidente do Congresso Nacional, que respondeu que a CPMI não deveria continuar funcionando. Esperei a leitura do relatório e suspendi para não cometer nenhum ato irregular”, afirmou.
O deputado do DEM considera que os governistas não têm interesse em aprovar relatório final. “É evidente que o governo trabalhou para não ter relatório final. O presidente do Senado não manda na CPMI. Quem manda na CPMI são os regimentos das duas Casas e o Regimento Comum”, destacou.
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcos Rossi
Com informações da Agência Senado