Relator da CPMI da Petrobras muda texto e pede indiciamento de Paulo Roberto Costa
Marco Maia, que consultou jurista sobre o relatório, afirma que versão anterior havia sofrido "má interpretação" da imprensa.
17/12/2014 - 15:27 • Atualizado em 17/12/2014 - 16:02

O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), apresenta, neste momento, uma complementação de voto especificando o pedido de indiciamento das pessoas para as quais, na versão inicial do relatório, havia a indicação de “aprofundar as investigações”. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, por exemplo, foi indiciado por crime de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. No total, são 52 pessoas com pedido de indiciamento.
“Pedi um parecer de um jurista renomado, com experiência na área, para dar a segurança necessária para afirmar o que havíamos expressado”, disse Maia, ao reclamar do que, segundo ele, foi uma má interpretação da imprensa de seu texto inicial.
O relator também mudou seu texto para retirar o pedido para aprofundar as investigações de três empresas (Hope Recursos Humanos, Gandra Brokerage e Astromaritima Navegação S.A.).
Afastamento da diretoria
Antes do início da reunião da CPMI em que será votado seu relatório final, Maia pediu o afastamento da presidente da estatal, Graça Foster, em conversa com jornalistas. “Defendo o afastamento da diretoria [da Petrobras], inclusive da presidente Graça Foster”, afirmou.
A comissão aprovou, há pouco, o encaminhamento dos documentos produzidos nas investigações do Legislativo ao Ministério Público e à Justiça Federal.
O vice-presidente da comissão, senador Gim (PTB-DF), disse que a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado, prevista para começar às 15 horas, vai ocorrer depois do fim do debate na CPI Mista.
A CPMI está reunida no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.
Mais informações a seguir.
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcos Rossi