Secretaria fortalece Direitos Humanos no Pará, diz coordenadora da ouvidoria
05/03/2013 - 16:49 • Atualizado em 05/03/2013 - 17:13
A coordenadora geral da Ouvidoria da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Irina Karla Bacci, afirmou que o órgão está trabalhando no fortalecimento da proteção aos direitos humanos no Pará.
Ela participou da audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes que ouve, nesta tarde, o depoimento da conselheira tutelar Lucenilda Lima, que recebeu a denúncia de que 11 mulheres, uma adolescente e um travesti estariam sendo exploradas sexualmente em uma boate que funcionava perto dos canteiros de obras da Usina de Belo Monte, próximo a Altamira, no Pará.
Irina acompanhou o processo de retorno das mulheres e adolescentes para casa. A adolescente que fugiu e voltou ao Rio Grande do Sul recusou a proteção do Protege porque ela e a mãe afirmaram que não estavam se sentindo ameaçadas.
Para Irina, o conselho tutelar deve ser fortalecido porque é a principal porta de entrada de denúncias e de acolhimento dos adolescentes que estão sofrendo qualquer tipo de exploração.
Conselheiros insuficientes
A coordenadora Lucenilda Lima afirmou que a infraestrutura do Conselho Tutelar de Altamira é boa, mas o número de conselheiros (5) ainda é insuficiente para atender a uma população de 200 mil pessoas.
Ele informou também que a agenciadora dona Glacy está foragida e é uma das peças chave da quadrilha porque foi quem buscou a menor no Rio Grande do Sul e providenciou seu transporte até Altamira.
Para a deputada Professora Dorinha Seabra, uma forma de minimizar os efeitos negativos nas cidades próximas a grandes obra, seria tornar as construtoras co-responsáveis na criação de uma infraestrutura nas cidades próximas aos canteiros de obras como forma de proteger a população local e os trabalhadores que vão morar naquelas localidades temporariamente.
A reunião terminou há pouco.
Reportagem - Karla Alessandra/Rádio Câmara
Edição - Newton Araújo