Conselheira tutelar critica passividade da polícia diante da exploração sexual
05/03/2013 - 15:33
A situação de exploração sexual em que foram encontradas 11 mulheres, uma adolescente e um travesti em uma boate em Altamira é consequência do crescimento do município, que passou de 90 para 200 mil habitantes sem que houvesse uma preocupação do governo em garantir infraestrutura para os migrantes.
Foi o que informou, há pouco, a conselheira tutelar Lucenilda Lima, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Ela criticou a passividade da polícia, “que sabia do funcionamento da boate e não tomou nenhuma providência”.
Até agora, segundo ela, foram fechadas cinco boates que funcionavam de maneira similar. A maioria das mulheres veio de outros estados e foi transportada de avião, contraindo uma dívida que não conseguia ser paga.
Lucenilda pediu mais responsabilidade das autoridades para que a situação seja resolvida. “O dono da boate, a esposa, o filho e o capataz estão presos em Belém”, ressaltou a conselheira.
Para Lucenilda, a conivência da polícia é que permite o funcionamento dessas boates. "A exploração sexual é uma vergonha que tem que ser combatida, e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) deve ser respeitado", reclama a coordenadora do Conselho Tutelar de Altamira.
A reunião continua no Plenário 05
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Reportagem - Karla Alessandra/Rádio Câmara
Edição - Newton Araújo