Política e Administração Pública

Depoimentos de acusados serão confrontados com dados da CPMI do Cachoeira

05/06/2012 - 20:20  

O corregedor da Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), informou que todos os deputados acusados de envolvimento com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, responderam, nesta terça-feira, aos questionamentos dos relatores da sindicância da Corregedoria Parlamentar que apura o caso.

Segundo Eduardo da Fonte, para que os processos sejam concluídos as respostas dos acusados serão confrontadas com os documentos em poder da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura o envolvimento de Cachoeira com agentes públicos e privados.

Participaram da reunião de hoje na Corregedoria os relatores de cada caso, que ouviram individualmente os deputados acusados, na presença do corregedor.

Acusados e relatores
Os deputados citados nas interceptações telefônicas da Operação Vegas, da Polícia Federal, foram Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO). Há ainda uma representação contra Rubens Otoni (PT-GO), mas sobre outra acusação, de ter recebido dinheiro para sua campanha eleitoral de 2004, quando era candidato a prefeito de Anápolis (GO). Cachoeira, na ocasião, pediu para que os recursos não fossem declarados.

Os deputados já apresentaram suas defesas.

O deputado Maurício Quintela Lessa (PR-AL) ficou com o caso de Sandes Junior; o deputado Evandro Milhomen (PCdoB-AP) vai relatar a representação contra Rubens Otoni; e Jerônimo Goergen (PP-RS) ficou com o caso de Carlos Alberto Leréia. Também integra a comissão de sindicância o deputado Odair Cunha (PT-MG).

Prazo de votação

Eduardo da Fonte disse que o prazo inicial para votação na Corregedoria está mantido, ou seja, poderá ocorrer no próximo dia 18. “Se houver algum atraso, a votação ocorrerá, no mais tardar, no dia 25 deste mês. Há o compromisso de votar os três processos juntos”, disse o deputado. Se os relatórios forem aprovados por unanimidade, pedindo processo por quebra de decoro no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, eles deverão ser votados pela Mesa Diretora da Câmara.

Questionado se é possível fazer uma avaliação sob o grau de envolvimento de cada um dos parlamentares com Cachoeira, Eduardo da Fonte disse que não poderia se manifestar sobre isso, “sob pena de prejudicar o processo, futuramente, caso seja arguido o prejulgamento da questão”.

Reportagem – Rodrigo Bittar
Edição – Newton Araújo

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