Fábrica de microchips não é um elefante branco, diz Mercadante

13/12/2011 - 17:52  

O Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica (Ceitec), que custou R$ 500 milhões, é um projeto estratégico para o Brasil e não um elefante branco. A afirmação foi feita há pouco pelo ministro da Ciencia e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

Segundo o ministro, a parte de desenvolvimento do centro já está em funcionamento, mas a fábrica de microchips ainda não entrou em operação devido a dois problemas técnicos: o consórcio Racional Delta, responsável pela obra, ainda não entregou o sistema de água ultrapura, necessário para a produção de chips; e ainda não foram feitas tubulações suplementares de segurança, necessárias devido a presença de gases extremamente tóxicos.

De acordo com Mercadante, que presta explicações à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, essas pendências foram identificadas por uma comissão técnica do ministério e por uma empresa internacional, que avaliaram a obra.

"Nós assumimos a obra e não aceitamos mais nenhum aditivo no contrato. Temos uma pendência administrativa, e potencialmente jurídica, contra o consórcio. Eles alegam que as tubulações estão de acordo com padrões internacionais, mas isso não foi suficiente pra nós, que exigimos a segunda tubulação de segurança, conforme estabelecido no contrato", explicou.

A audiência pública ocorre no Plenário 9.

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Reportagem - Jaciene Alves
Edição - Juliano Pires