Únicas irregularidades foram cometidas por Jucazinho, diz ministro
03/08/2011 - 11:07

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse que as únicas denúncias feitas pela revista Veja que são procedentes em relação ao ministério referem-se a irregularidades cometidas pelo ex-diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Oscar Jucá Neto. “O ex-diretor tenta transformar caso administrativo, em que foi pego cometendo irregularidades, em caso político”, disse o ministro, em audiência na Câmara.
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Oscar Jucá Neto foi demitido da Conab após apenas 10 dias de ter sido nomeado para o cargo, por ter sido responsabilizado pela transferência irregular de R$ 8 milhões no sistema da empresa estatal. Pelas normas da companhia, segundo o ministro, todo pagamento acima de R$ 50 mil deve ser encaminhado para avaliação da Advocacia-Geral da União (AGU), da diretoria colegiada da Conab e do Ministério da Agricultura, antes de ser liberado, e Oscar Jucá desobedeceu essa norma.
Wagner Rossi disse que o repórter da Veja recebeu documentos rebatendo as denúncias publicadas no último sábado (30) contra ele, mas optou por não publicá-las. Em entrevista à Veja, Jucazinho citou como irregularidades no ministério um acerto com a Caramuru Alimentos para postergar o pagamento de uma dívida em troca de recebimento de propina. O senador Gim Argello (PTB-DF) também foi citado na reportagem como homem influente na Conab e beneficiário de um esquema de venda de terrenos da Conab abaixo do preço de mercado.
A audiência com o ministro ocorre no Plenário 6. O evento está sendo promovido pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Pierre Triboli