Atingidos por barragem reclamam da falta de diálogo com empresas
07/04/2010 - 16:28
O representante do Fórum dos Atingidos pela Barragem de Estreito, Dalsivan Rocha Coelho, declarou há pouco, durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que as comunidades afetadas pela implementação da usina hidrelétrica de Estreito, na divisa de Maranhão e Tocantis, não têm sido ouvidas pelo governo e pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste), conjunto de empresas responsável pelas obras da usina.
“É legítimo que as empresas busquem lucro, mas desde que respeitem as legislações e as necessidades das comunidades locais”, disse Dalsivan Rocha Coelho. O deputado Chico Alencar (Psol-RJ), compartilhando da opinião dos representantes das populações locais, criticou a ausência de representantes do governo e das empresas na audiência pública de hoje.
Denúncia
O coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens, Cirineu da Rocha, acrescentou que o grupo pretende apresentar uma denúncia contra o Ceste e o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos (OEA).
“Essas instituições precisam reconhecer como as famílias são impactadas e, a partir disso, ressarci-las. Hoje, os debates ocorrem de forma isolada: população de um lado; governo e empresas do outro”, afirmou.
A audiência acontece no plenário 9.
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Reportagem - Marcelo Oliveira
Edição - Newton Araújo