25/09/2014

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Estudantes do ensino básico podem ter acompanhamento de TDAH

Cada vez mais comum no Brasil, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, TDAH, costuma causar problemas no convívio social, familiar, e muitas vezes atrapalha o desempenho na escola. Em geral, aparece na infância e afeta de três a cinco por cento das crianças. Com o aumento de casos diagnosticados, começam as dúvidas sobre o tratamento. A Câmara discute um projeto que obriga o governo a manter programa de acompanhamento integral do TDAH e de outros transtornos de aprendizagem para estudantes do ensino básico das redes pública e privada.

Gabriel Reis é músico. Há cinco anos, um teste psicotécnico detalhado ajudou a explicar um comportamento que vinha desde a infância. Depois do diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, ele começou o tratamento com metilfenidato, remédio mais conhecido pelo nome comercial Ritalina. Gabriel sentiu melhora, mas nenhuma mudança radical. O remédio tinha efeitos colaterais como taquicardia e insônia em Gabriel. E o medo de possíveis consequências do uso a longo prazo fez a psiquiatra recomendar a suspensão do remédio.

A história de Gabriel parece ser exceção. Nos últimos dez anos, o uso da ritalina subiu 775% no Brasil. Os dados são da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e começam a levantar dúvidas sobre possíveis erros no diagnóstico. Não existe um exame para comprovar a existência do transtorno. O diagnóstico é feito por informações da rotina do paciente. Em crianças, são levadas em conta informações dos pais e da escola. Entre as características mais comuns estão: dificuldade de concentração e de seguir instruções. Pessoas inquietas, agitadas e muito falantes também são candidatas. Como forma de questionar uma possível prescrição indiscriminada do remédio, foi criado em 2010 o Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, que reúne 40 entidades acadêmicas profissionais para difundir as críticas que existem na literatura científica.

A Câmara discute um projeto que obriga o governo a manter programa de acompanhamento integral de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e de outros transtornos de aprendizagem para estudantes do ensino básico da rede pública e privada.

Reportagem – Beto Seabra

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