Radioagência

Mulheres de todo País participaram, nesta quarta-feira, da Segunda Marcha das Mulheres Aposentadas. Depois de um abraço simbólico no Ministério da Previdência, elas ocuparam as galerias da Câmara com a intenção de acompanhar a votação da PEC Paralela da Previdência, que reconhece o direito da aposentadoria às donas de casa.

A deputada Luci Choinacki, do PT de Santa Catarina, que, a exemplo das colegas da marcha, também usava um avental lilás, explica qual é a reivindicação das donas de casa.

"Elas vieram para cá em comemoração do 8 de março e para que a PEC Paralela da Reforma da Previdência, que reconhece o trabalho doméstico que foi votado no primeiro turno na Câmara, seja votado. Porque aí começa um processo, primeira vez na história do Brasil em reconhecer que existe um trabalho invisível de inclusão da mulhere dona de casa pobre, com baixa renda, sem renda própria, para garantir o acesso à Previdência."

A costureira Míram Perez, de Goiânia, também participou da marcha das donas de casa. Ela é casada há 20 anos, tem três filhos e sempre trabalhou em casa para ajudar no orçamento doméstico.

"Não recebo benefício porque a mulher para trabalhar no Brasil ainda encontra muita barreira quanto à carteira assinada. De carteira assinada eu tenho oito anos só, com muita luta. E hoje nem emprego a gente consegue."

Sindicatos, movimentos sociais e lideranças pariticiparam da mobilização pela inclusão previdenciária das donas de casa. Para a deputada Luci Choinacki, as próprias mulheres sabem que ainda vão enfrentar outras batalhas. Segundo a deputada, a construção de um direito requer uma luta muito intensa.

De Brasília, Idhelene Macedo